O Engenhão está podre.

O Engenhão está podre.

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Prefeitura do Rio interdita Engenhão por falhas na cobertura

http://esportes.terra.com.br/futebol/estaduais/campeonato-carioca/prefeitura-do-rio-decide-interditar-engenhao-por-problemas-na-cobertura,463b6ce6a18ad310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html

http://globoesporte.globo.com/rj/futebol/campeonato-carioca/noticia/2013/03/prefeito-marca-reuniao-com-clubes-do-rio-por-interdicao-do-engenhao.html

Ontem e hoje, 27/3, foi amplamente divulgada pela mídia a noticia da interdição do estádio do Engenhão, pela prefeitura do Rio de Janeiro. Com base em relatórios elaborados pelas construtoras responsáveis pelo projeto, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, decidiu interditar o estádio uma vez que os mesmos indicavam problemas na estrutura da cobertura do estádio.

O que em um primeiro momento demonstra ser uma atitude previdente e sensata por parte do poder público, esconde uma realidade mais obscura e preocupante: o Engenhão está podre.

Na verdade o Engenhão nasceu podre: como a grande maioria das obras públicas neste país, o estádio construído para os jogos pan-americanos de 2007 foi superfaturado em quase seis vezes em relação ao seu projeto inicial. E da mesma forma como muitas obras, tais como pontes, hospitais, casas populares e estradas são construídas Brasil afora, muito provavelmente o Engenhão foi feito a toque de caixa, economizando em mão de obra, projeto e material de qualidade, a fim de que se pudesse viabilizar economicamente e assim atender a inúmeros interesses de políticos, dirigentes esportivos, empreiteiras e fornecedores corruptos.

Mas muito mais do que o Engenhão, na verdade quem está podre, corroído por dentro é o futebol brasileiro. O Engenhão é só um espelho, uma imagem de uma realidade mais sinistra. O Engenhão é a nossa cara. Quem vê, pouco sabe sobre o que está por trás. No futebol pouco se enxerga. Os movimentos de bastidores, os conchavos, os acertos, muito pouco ou quase nada vem a tona. O que chega ao público já foi decantado nos muitos porões onde se reúnem quem comanda as estruturas comprometidas. Nós somos tal como o Engenhão: a falência é eminente. Ainda não caímos só Deus sabe o porquê.

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